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A Praia como pólo de turismo, comércio e proteção

Por Erison Vinícius

Para a presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPF), Fátima Queiroz, se as barracas forem retiradas, não só os grandes empreendedores serão atingidos, mas o turismo e toda a população moradora do entorno. Segundo ela, a Praia já teve o dobro das barracas que têm hoje, mas alguns dos motivos que levaram a essa redução foram as obras inacabadas, a insegurança e principalmente a dificuldade no acesso por parte dos banhistas.

 

Também relata que a segurança e a economia da praia estaria ainda mais comprometida caso outras barracas fossem retiradas do local (por decisão judicial). “As barracas fazem um grande papel social, já que a grande quantidade de funcionários fazem essa proteção de forma natural e os ambulantes e banhistas que frequentam o local dão essa sensação de proteção. Os empreendimentos também geram cerca de 3 mil empregos, sendo 90% dos empregados moradores das redondezas e nós como fundadores desse negócio, que é nosso, do povo cearense, sentimos orgulho pelo surgimento das barracas que se tornaram a principal fonte de lazer do turista. Contudo, temos um papel predominante no setor econômico, pois ela é uma âncora do turismo na capital cearense, trazendo aos turistas um diferencial na acomodação, no lazer e, principalmente, na culinária”, afirma.

 

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Uma ambulante que vende biquínis no calçadão e preferiu ter sua identidade preservada, revelou estar atuando com seu comércio (que ela diz ser regularizado) na Praia do Futuro, há dez anos. Para ela, com a retirada das barracas, seu trabalho seria afetado. “Não influencia (diretamente) no meu comércio, mas se não tem as barracas de praia, os turistas não vêm, vão para outra praia fora daqui. Além disso, aqui tudo fechado, seria um deserto e pioraria a segurança”, expõe a ambulante que disse gostar do ponto de venda, mas relatou precisar de mais segurança.

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3 mil

é o número de empregos gerados na Praia do Futuro. 

90% 

dos empregados, são moradores das redondezas

Ambulantes

Para o vendedor de crepe, Gabriel Oliveira, se os estabelecimentos saíssem da faixa de praia seria ruim,  já que eles dependem desse espaço para realizar seu trabalho. Sendo assim, acabaria com o turismo, de onde vêm sua maior fonte de renda. Outra questão citada pelo ambulante, seria a relação saudável que possui com os empresários. Dessa forma, Gabriel pode oferecer “livremente” seus serviços aos clientes, que sentem-se mais protegidos devido à movimentação e segurança do local.

 

Conforme informou Gabriel Oliveira, o desentendimento entre os ambulantes e os empresários ainda existe mesmo que sendo de uma forma mascarada, já que há um tempo atrás, outros vendedores já presenciaram discussões porque queriam vender dentro das barracas e foram impedidos pelos empresários ou funcionários. “Nós só podemos vender aqui na areia e, para não nos meter em confusão, acabamos acatando as ordens dos caras”, afirma.

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Diante da situação, a empresária Fátima Queiroz diz que no passado tiveram alguns momentos difíceis em relação aos vendedores ambulantes, mas que hoje acredita ter um relacionamento de qualidade, de parceria. Porque a grande maioria dos empresários percebe os ambulantes como parceiros de negócio. Contudo, enfatiza que não pode garantir que essa relação seja totalmente saudável, já que existe uma ausência do poder público com relação ao excesso de ambulantes no cadastramento; na identificação desses vendedores; no que pode ser vendido ou não por eles. Segundo ela, já houve casos isolados de pessoas que passaram mal por decorrência do consumo de produtos de má qualidade.

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Gabriel Oliveira, ambulante. Foto: Kimilly Fernandes
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Fátima Queiroz, presidente da AEPF. Foto: Reprodução vídeo

“As barracas fazem um grande papel social, já que a grande quantidade de funcionários faz essa proteção de forma natural e os ambulantes, banhistas que frequentam o local dão essa sensação de proteção". Fátima Queiroz

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